Em que coisa consiste e a impossibilidade de arrependimento dele |
|
O apóstolo João escreveu: "Se alguém vir pecar seu irmão pecado que não é para morte, orará, e Deus dará a vida àqueles que não pecarem para morte. Há pecado para morte, e por esse não digo que ore. Toda a iniquidade é pecado, e há pecado, que não é para morte " (1 João 5:16,17). |
|
Irmãos, toda a iniquidade é pecado, e nós sabemos que "o pecado é a violação da lei" (1 João 3:4), como diz o mesmo João. Ora, a Escritura testifica que "o salário do pecado é a morte" (Rom. 6:23), portanto, deve ser bem claro que quando é também um filho de Deus a pecar a recompensa que a violação da lei lhe dá é a morte; e de facto, é precisamente por esta razão que o crente, se peca, depois que pecou fica perturbado, descontente e sente uma dor interior que o traspassa como uma flecha, exactamente porque "o salário do pecado é a morte" (Rom. 6:23). Mas o apóstolo escreveu: "Se alguém vir pecar seu irmão pecado que não é para morte, orará, e Deus dará a vida àqueles que não pecaram para morte" (1João 5:16); isso significa que se nós virmos um irmão cometer um pecado que não é para morte, devemos orar a Deus para que ele seja vivificado, sim, porque Deus dá a vida ao crente que comete um pecado que não é para morte e se arrepende do seu pecado confessando-o e abandonando-o. Há um pecado porém que se um crente comete é impossível de novo levá-lo a arrependimento e por isso é inútil orar por ele, de facto João diz: "Por esse não digo que ore" (1João 5:16); em outras palavras, para aquele irmão que comete este pecado que é para morte não há mais a possibilidade de se arrepender e de obter vida de Deus. Que fim espera este crente? O crente que comete este pecado para morte é condenado à segunda morte, isto é, ao lago ardente de fogo e enxofre e isso porque este pecado conduz, quem o comete, à segunda morte. |
|
Ora, como toda a iniquidade é pecado e pecados existem de muitos géneros é necessário acertar com as Escrituras em que consiste este pecado que é para morte, e isto também para evitar que algum de nós comece a condenar um irmão por um qualquer pecado que o viu cometer dizendo-lhe que cometeu o pecado que é para morte e que para ele não há mais esperança. É necessário manejar bem a palavra da verdade também ao falar do pecado que é para morte para evitar transtornar o ânimo dos discípulos e de induzi-los à desesperança com palavras que não se podem aplicar a eles porque não cometeram o pecado que é para a morte. Ora, vejamos o que é dito a propósito deste pecado na epístola aos Hebreus para perceber no que é que ele consiste. |
|
Está escrito: "Porque é impossível que os que já uma vez foram iluminados, e provaram o dom celestial, e se fizeram participantes do Espírito Santo, e provaram a boa palavra de Deus, e as virtudes do século futuro, e recaíram, sejam outra vez renovados para arrependimento; pois assim, quanto a eles, de novo crucificam o Filho de Deus, e o expõem ao vitupério. Porque a terra que embebe a chuva, que muitas vezes cai sobre ela, e produz erva proveitosa para aqueles por quem é lavrada, recebe a benção de Deus; mas a que produz espinhos e abrolhos, é reprovada, e perto está da maldição; o seu fim é ser queimada" (Heb. 6:4-8). Antes de tudo vejamos de perto as características daqueles que se recairem é impossível que sejam outra vez renovados para arrependimento porque elas são características que podem ter e têm só os verdadeiros filhos de Deus lavados dos seus pecados com o sangue do Cordeiro. Digo isto porque alguns fazem passar esta recaida como uma recaida que cometem pessoas que ainda não tinham aceitado completamente a Palavra de Deus ou que se estavam aproximando do Senhor, o que não é de modo nenhum verdade porque aqueles de quem o escritor fala aos Hebreus nestes versículos são verdadeiros crentes. |
|
Irmãos, quem, depois de ter ouvido o Evangelho da graça se aproximou de Deus reconhecendo-se pecador e necessitado de ser salvo foi iluminado por Deus que é luz; e quando ele creu com o seu coração em nosso Senhor Jesus Cristo obtendo a remissão dos seus pecados e a vida eterna ele provou o dom celestial que é Cristo Jesus porque está escrito: "O dom gratuito de Deus é a vida eterna" (Rom. 6:23) e porque João, falando do Filho de Deus, diz: "Este é .. a vida eterna" (1João 5:20); e quando ele é batizado com o Espírito Santo é feito participante do Espírito Santo. Ter provado a boa Palavra de Deus significa ter-se alimentado não só do "puro leite espiritual" (1 Ped. 2:2) mas também do alimento sólido que é para adultos; e ter provado "as virtudes do século futuro" (Heb. 6:5) significa ter recebido os dons do Espírito Santo. Ora, se, quem experimentou todas estas coisas rejeita o Senhor, e recua (deixando-se envolver e vencer pelas contaminações do mundo), tomando a decisão de não querer mais seguir o Senhor e de renunciar a Cristo e de não querer mais ouvir falar dele, esse tal comete o pecado que é para morte e por esse tal não se deve orar porque é impossível que seja outra vez renovado para arrependimento porque crucifica por sua conta de novo o Filho de Deus e o expõe ao vitupério. O escritor desta epístola diz que a terra que é regada por Deus e produz erva proveitosa para aqueles por quem é lavrada é abençoada por Deus, mas se produz espinhos e abrolhos é reprovada e maldita e o fim que a espera é ser queimada; assim é com o crente, porque se ele está no Senhor o Senhor está nele, ele dá muito fruto para a glória de Deus e Deus o abençoa; mas se ele deixa de estar no Senhor, o Senhor deixará de estar nele e ele produzirá só espinhos e abrolhos, tornando-se um homem reprovado quanto à fé, um filho da maldição que no fim será lançado no lago ardente de fogo e enxofre para ser queimado e atormentado pela eternidade. |
|
A razão pela qual o escritor desta epístola escreveu estas coisas aos Hebreus que tinham crido em nosso Senhor Jesus Cristo é a seguinte: estes crentes estavam suportando uma grande perseguição por causa da sua fé em Jesus Cristo e eram tentados, no meio da perseguição, a recuar e o Escritor, que conhecia tanto eles como os sofrimentos que eles tinham que suportar por causa do Evangelho, os exortou a reter firme até ao fim a sua confiança em Cristo e os alertou que o recuar e o renunciar à graça para voltar a oferecer aqueles sacrificios pelo pecado cujo sangue não podia cancelar os pecados, porque se o fizessem se condenariam a eles mesmos à eterna perdição porque pisariam o Filho de Deus e teriam por profano o sangue do concerto com o qual tinham sido santificados, e ultrajariam o Espírito da graça. Ele falou da sorte que cabe a quem recua e do castigo que este é digno de receber do Deus vivo nestes termos: "Porque, se pecarmos voluntariamente, depois de termos recebido o conhecimento da verdade, já não resta mais sacrifício pelos pecados, mas uma certa expectação horrível de juízo, e ardor de fogo, que há de devorar os adversários. Quebrantando alguém a lei de Moisés, morre sem misericórdia, só pela palavra de duas ou três testemunhas. De quanto maior castigo cuidais vós será julgado merecedor aquele que pisar o Filho de Deus, e tiver por profano o sangue do concerto com que foi santificado, e ultrajar ao Espírito da graça? Porque bem conhecemos aquele que disse: Minha é a vingança, eu darei a recompensa, diz o Senhor. E outra vez: O Senhor julgará o seu povo. Horrenda coisa é cair nas mãos do Deus vivo " (Heb. 10:26-31). Estas palavras são também elas dirigidas a todos nós que cremos porque o próprio escritor que era um crente se inclui dizendo: "Se pecarmos voluntariamente, depois de termos recebido o conhecimento da verdade.." (Heb. 10:26) (nós filhos de Deus recebemos o conhecimento da verdade), e porque nós somos os que foram santificados com o sangue do concerto. Portanto irmãos, se os que conheceram a verdade que está em Cristo Jesus, pecam voluntariamente, isto é, se pecam para morte, eles cometem um pecado que não lhes poderá ser perdoado (pecado que paga ao transgressor com a morte eterna), e para eles não restará mais alguma esperança de serem salvos porque perderão a boa esperança que têm; aquilo que restará para eles será só a expectação horrível do juízo de Deus. Eles serão julgados dignos de receber um castigo pior do que aquele que recebiam os que transgrediam a lei de Moisés e que eram condenados à morte, porque pisarão o Filho de Deus, tendo por profano o sangue de Cristo com o qual foram aspergidos e ultrajarão o Espírito da graça, isto é, o Espirito Santo que está nos nossos corações e por meio do qual clamamos: Aba! Pai!; (recordai-vos que Jesus disse: “Qualquer, porém, que blasfemar contra o Espírito Santo, nunca obterá perdão, mas será réu do eterno juízo” [Mar. 3:29]). |
|
A possibilidade de arrependimento que tem quem comete um pecado que não é para a morte |
|
Devo dizer que tanto a expressão "e recaíram" (Heb. 6:6) como aquela "se pecarmos voluntariamente" (Heb. 10:26) fazem referência ao pecado para a morte e não a qualquer pecado porque doutra forma isso significaria que para uma qualquer violação da lei seria impossível, para quem a comete, arrepender-se dela e obter o perdão dela e que não haveria mais alguma esperança para ele porque é condenado ao fogo eterno. Demonstro-vos como é possível levar a arrependimento um irmão que comete um pecado que não é para morte e como nós podemos obter a remissão de todos os pecados (excepto o pecado para morte) com as seguintes Escrituras: |
|
Ÿ Paulo aos Gálatas escreveu: "Irmãos, se um homem chegar a ser surpreendido em algum delito, vós que sois espirituais corrigi o tal com espírito de mansidão" (Gal. 6:1). Um crente que comete um pecado que não é para morte pode ser corrigido, portanto também perdoado. O apóstolo quando diz: "em algum delito" (Gal. 6:1) não inclui lá também o pecado para a morte porque quem cai cometendo este pecado não pode mais ser corrigido de nenhuma maneira porque é impossível renová-lo de novo para arrependimento. É verdade que "sete vezes cairá o justo, e se levantará" (Prov. 24:16), mas também é verdade que se o justo cai cometendo o pecado para morte jamais poderá levantar-se. |
|
Ÿ Jesus disse: "Olhai por vós mesmos. E, se teu irmão pecar contra ti, repreende-o, e, se ele se arrepender, perdoa-lhe. E, se pecar contra ti sete vezes no dia, e sete vezes no dia vier ter contigo, dizendo: Arrependo-me; perdoa-lhe" (Lucas 17:3,4). Um irmão que comete um pecado que não é para morte pode arrepender-se e ser perdoado. A Escritura não diz: ‘Se o teu irmão peca para morte repreende-o’, porque para quem comete o pecado que é para a morte não há mais a possibilidade de arrependimento e portanto é inútil repreende-lo como também é inútil orar por ele. |
|
Ÿ João diz: "Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados, e nos purificar de toda a injustiça. Se dissermos que não pecamos, fazemo-lo mentiroso, e a sua palavra não está em nós" (1João 1:9,10). Nós podemos confessar os nossos pecados ao Senhor com a certeza que eles nos serão perdoados. Se todos os pecados fossem para morte nós não teriamos nenhuma saída irmãos e a Escritura seria anulada porque nós não poderiamos também confessá-los a Deus para dele obter a remissão; nós não poderiamos dizer a Deus: "Perdoa-nos as nossas dívidas" (Mat 6:12) o que equivalaria a dizer que o Senhor nos enganou. O pecado para morte não tem remissão eternamente, por isso não se pode incluir entre os outros pecados que se podem confessar e que podem ser lavados com o sangue de Jesus Cristo; tende isto sempre presente. |
|
Ÿ Tiago diz: "Irmãos, se algum de entre vós se tem desviado da verdade, e alguém o converter, saiba que aquele que fizer converter do erro do seu caminho um pecador, salvará da morte uma alma, e cobrirá uma multidão de pecados" (Tiago 5:19,20). Das palavras do apóstolo Tiago se percebe que se um irmão se desvia da verdade pode ser convertido, por isso pode ainda arrepender-se. Portanto não se pode dizer que se alguém se desvia da verdade, seguindo alguma estranha doutrina, cometeu o pecado para morte e não pode mais arrepender-se, porque Tiago admite a possibilidade que ele possa ser salvo do erro do seu caminho e que os seus pecados lhe sejam perdoados. O ponto que queria sublinhar é que enquanto é possível levar a arrependimento um irmão que se desvia da verdade isso não é possível fazê-lo com quem comete o pecado para morte. |
|
Também Paulo admite a possibilidade de alguém que se desvia da verdade poder ser levado a arrependimento, de facto depois de ter dito a Timóteo que entre aqueles que se tinham desviado da verdade estavam Himeneu e Fileto que diziam que a ressurreição já tinha acontecido, disse-lhe: "E ao servo do Senhor não convém contender, mas sim ser manso para com todos, apto para ensinar, sofredor, instruindo com mansidão os que resistem, a ver se porventura Deus lhes dará arrependimento para conhecerem a verdade, e tornarem a despertar, desprendendo-se dos laços do diabo, em que à vontade dele estão presos" (2 Tim. 2:24-26). Como podeis ver Paulo afirma que o servo do Senhor deve instruir com mansidão aqueles que resistem à verdade (resistem porque se desviaram dela) porque pode acontecer que Deus lhes deia o arrependimento e o conhecimento da verdade e sair assim do laço do diabo no qual cairam. Isto ao invés não pode acontecer no caso de um crente cometer o pecado que é para morte porque é impossível outra vez renová-lo para arrependimento. |
|
Ÿ Jesus Cristo disse ao anjo da igreja de Tiatira: "Mas tenho contra ti que toleras Jazabel, mulher que se diz profetisa, ensinar e enganar os meus servos, para que se prostituam e comam dos sacrifícios da idolatria. E dei-lhe tempo para que se arrependesse da sua prostituição; e não se arrependeu. Eis que a porei numa cama, e sobre os que adulteram com ela virá grande tribulação, se não se arrependerem das suas obras. E ferirei de morte a seus filhos, e todas as igrejas saberão que eu sou aquele que sonda as mentes e os corações" (Ap. 2:20-23). |
|
Na igreja de Tiatira havia uma mulher de nome Jazabel que seduzia os servos de Cristo Jesus para que estes cometessem adultério com ela e para que comessem coisas sacrificadas aos ídolos (coisas condenadas pela lei e que são pecado). O Senhor fez então saber ao anjo da igreja de Tiatira que Ele tinha dado tempo a esta mulher para arrepender-se mas ela não queria arrepender-se e por isso a puniria pondo-a numa cama, um leito de dores e ferindo de morte os seus filhos; o Senhor lhe disse que também os seus servos seriam por ele punidos severamente se eles não se arrependessem das obras daquela mulher. É claro que se Jazabel e aqueles servos de Jesus Cristo que tinham sido por ela seduzidos a fazer aquelas más obras tivessem cometido o pecado que é para morte o Senhor não lhes daria tempo para se arrependerem porque seria contraditório dado que sabemos que é impossivel levar de novo a arrependimento os que pecam para morte. Também neste caso, embora estes tenham cometido pecados, também permanecia para eles a possibilidade de arrependerem-se e de obter a remissão dos seus pecados. |
|
Ÿ Paulo escreveu aos Coríntios: "Porque receio que, quando chegar, vos não ache como eu quereria, e eu seja achado de vós como não quereríeis; que de alguma maneira haja pendências, invejas, iras, porfias, detrações, mexericos, orgulhos, tumultos; que, quando for outra vez, o meu Deus me humilhe para convosco, e chore por muitos daqueles que dantes pecaram, e não se arrependeram da imundícia, e fornicação, e desonestidade que cometeram " (2 Cor. 12:20,21). Na igreja de Corinto haviam alguns que se tinham dado à imundícia, à fornicação e à desonestidade, que são todas obras da carne, e Paulo receava que quando voltasse aos Coríntios teria que punir e julgar os que não se tinham arrependido destes seus pecados. Mas estes não se tinham arrependido daqueles pecados não porque tinham cometido o pecado que é para morte e era impossível levá-los de novo a arrependimento, mas porque eles mesmos não se quiseram arrepender. Também neste caso vemos como o Senhor dá um tempo para arrependimento dos pecados e que no fim deste tempo se vê que não vem o arrependimento pune. |
Página criada com o intuito de divulgar as ações da Igreja do Evangelho Quadrangular Tabernáculo da 25 de Setembro em Belém/PA, este trabalho é dedicado a divulgação da Palavra Salvadora de Deus, através de seu Filho amado Jesus Cristo que morreu na cruz para nos salvar.
sexta-feira, 10 de dezembro de 2010
O pecado para morte
quinta-feira, 18 de novembro de 2010
COMO É A SUA VIDA???
Que tal escolher agora o seu caminho, Jesus está te esperando, venha para ele e grandes transformações irão ocorrer na sua vida...
domingo, 7 de novembro de 2010
segunda-feira, 18 de outubro de 2010
Crença e Arrependimento
Duas facetas de uma mesma joia
Os cartunistas zombam do cristianismo com representações de profetas que seguram cartazes com a frase "Arrependam-se, pois o fim está próximo!". Na maioria das vezes, o profeta é mostrado em pé em uma rua movimentada da cidade usando sandálias e vestes rústicas de pele de animais, enquanto os pedestres olham o espetáculo. Entretanto, o princípio do arrependimento não é motivo para riso, porque Deus ordenou que todos os homens em todos os lugares se arrependam! Além disso, como vemos nas palavras que o apóstolo Paulo proferiu à multidão reunida no Areópago, em Atenas, aqueles que deixarem de dar ouvidos à advertência sofrerão as consequências:
"Mas Deus, não tendo em conta os tempos da ignorância, anuncia agora a todos os homens, e em todo o lugar, que se arrependam; porquanto tem determinado um dia em que com justiça há de julgar o mundo, por meio do homem que destinou; e disso deu certeza a todos, ressuscitando-o dentre os mortos." [Atos 17:30-31; ênfase adicionada].
Todavia, a atitude refletida nas faces daqueles que passam pelo personagem no desenho revela o que o mundo pensa da advertência de Deus! As grandes massas da humanidade não estão nem um pouco preocupadas, porque elas não acreditam. "Por que eu deveria deixar de me divertir e mudar meu estilo de vida apenas porque algum 'deus' disse que tenho de fazer isso ou então arcar com as consequências?".
Vamos admitir os fatos: o ser humano resiste obstinadamente a acreditar em qualquer coisa que não pareça fazer sentido, de forma que a ameaça de castigo eterno no inferno é a ferramenta principal dos clérigos para forçar as pessoas a "se arrepender" dos seus pecados. Mas, alguém já disse corretamente que um homem convencido contra sua vontade, na verdade ainda não está convencido. Como resultado, a Era da Igreja está repleta de falsos atos de arrependimento e profissões de fé fingidas. O problema é encontrado no princípio bíblico mal entendido que o verdadeiro arrependimento só é possível quando precedido pela crença genuína — um dom sobrenatural de Deus que inevitavelmente resulta em arrependimento — daí o nosso subtítulo "duas facetas de uma mesma joia".
"Como, pois, invocarão aquele em quem não creram? e como crerão naquele de quem não ouviram? e como ouvirão, se não há quem pregue? E como pregarão, se não forem enviados?" [Romanos 10:14-15].
No admirável relato no livro do profeta Jonas, Nínive, a maior cidade do mundo naquela época, se arrependeu quando Deus advertiu a população do julgamento iminente! Jonas, o pregador de Deus, foi enviado (literalmente à força) para entregar uma mensagem simples à cidade: ela seria destruída em 40 dias. Jonas tentou de todas as formas evitar sua ida por causa da crueldade que os assírios tinham demonstrado durante as repetidas invasões a Israel, mas a intenção de Deus era estender a graça aos habitantes daquela cidade em particular. De uma perspectiva humana, o resultado foi verdadeiramente milagroso porque desde o rei até ao criado mais humilde, todos (1) creram em Deus e (2) arrependeram-se — mudando suas atitudes e condutas para melhor.
"E os homens de Nínive creram em Deus; e proclamaram um jejum, e vestiram-se de saco, desde o maior até ao menor." [Jonas 3:5].
Estima-se que havia pelo menos um milhão de pessoas naquela cidade e em seus arredores — o que parece ter feito disto a mais extensa operação do Espírito Santo em indivíduos durante o tempo do Velho Testamento. Mas embora alguns pregadores se refiram ao evento como um "grande reavivamento", isto na verdade é incorreto, porque até onde podemos saber, não havia um único crente na cidade para ser reavivado! Aquele foi um ato espontâneo de graça, em que Deus reverteu a morte espiritual de muitos milhares de pessoas não regeneradas, com isso capacitando-as a crer. Então, elas fizeram isto, desde a mais importante até a mais simples e, subsequentemente, se arrependeram dos seus pecados.
Mas por que você supõe que Deus quis salvá-las? Penso que a razão encontra-se nas seguintes declarações que o Senhor Jesus fez aos fariseus de Seu tempo:
"Os ninivitas ressurgirão no juízo com esta geração, e a condenarão, porque se arrependeram com a pregação de Jonas. E eis que está aqui quem é mais do que Jonas." [Mateus 12:41]."Em verdade vos digo que muitas viúvas existiam em Israel nos dias de Elias, quando o céu se cerrou por três anos e seis meses, de sorte que em toda a terra houve grande fome; e a nenhuma delas foi enviado Elias, senão a Sarepta de Sidom, a uma mulher viúva. E muitos leprosos havia em Israel no tempo do profeta Eliseu, e nenhum deles foi purificado, senão Naamã, o sírio." [Lucas 4:25-27].
Nosso Deus soberano enviou salvação a muitos milhares no primeiro exemplo, e só a alguns indivíduos em outro momento. O que deveria ter chamado a atenção dos judeus era o fato que em cada exemplo todos eram gentios! Mesmo assim, até onde podemos ver, não houve reação positiva alguma por parte do povo escolhido diante dessas demonstrações da soberania de Deus na salvação. Eles simplesmente ignoraram e continuaram acreditando que eram os recipientes exclusivos da graça de Deus. Em seu orgulho tolo, eles consideravam os gentios como "cães" e totalmente indignos de receber qualquer coisa de Deus.
Então, vários anos mais tarde, o apóstolo Paulo teve o seguinte a dizer sobre Israel quando se tornou óbvio que mais gentios estavam sendo salvos que judeus:
"Digo, pois: Porventura tropeçaram, para que caíssem? De modo nenhum, mas pela sua queda veio a salvação aos gentios, para os incitar à emulação." [Romanos 11:11; ênfase adicionada].
Assim, podemos ver que Deus enviou salvação a Nínive, a Naamã e à viúva de Sarepta para chamar a atenção e provocar ciúmes em Israel. Mas, é óbvio que até hoje, a salvação dos gentios não despertou Israel à realidade do plano soberano de Deus.
Além disso, no que se refere ao assunto de arrependimento, há um aspecto que vemos nos seguintes comentários do Senhor Jesus:
"Então começou ele a lançar em rosto às cidades onde se operou a maior parte dos seus prodígios o não se haverem arrependido, dizendo: Ai de ti, Corazim! ai de ti, Betsaida! porque, se em Tiro e em Sidom fossem feitos os prodígios que em vós se fizeram, há muito que se teriam arrependido, com saco e com cinza. Por isso eu vos digo que haverá menos rigor para Tiro e Sidom, no dia do juízo, do que para vós. E tu, Cafarnaum, que te ergues até aos céus, serás abatida até aos infernos; porque, se em Sodoma tivessem sido feitos os prodígios que em ti se operaram, teria ela permanecido até hoje. Eu vos digo, porém, que haverá menos rigor para os de Sodoma, no dia do juízo, do que para ti." [Mateus 11:20-24; ênfase adicionada].
Alguma vez você se perguntou por que o Senhor não foi para Tiro e Sidom e não fez mais prodígios ali? Ou por que eles não foram feitos em Sodoma? Ou por que o Senhor só enviou seus discípulos às ovelhas perdidas da casa de Israel e enfaticamente excluiu os gentios? (Mateus 10:5-6). A explicação bíblica óbvia é que naquele momento, somente os eleitos, as ovelhas perdidas de Israel — escolhidos em Cristo antes da fundação do mundo (Efésios 1:4) — seriam os recipientes da graça salvadora de Deus. A população de Nínive, junto com Naamã e a viúva fenícia foram notáveis exceções no tempo do Velho Testamento! E esses comentários que Ele fez foram especialmente incriminadores porque como judeus, eles estavam debaixo do "guarda-chuva" de uma relação de aliança com Deus — contudo eles não O receberam como seu Messias e não se arrependeram dos seus pecados. Por quê? Porque não estavam entre os Seus eleitos e, portanto, estavam cegos à Sua mensagem:
"Por isso não podiam crer, então Isaías disse outra vez: Cegou-lhes os olhos, e endureceu-lhes o coração, A fim de que não vejam com os olhos, e compreendam no coração, e se convertam, e eu os cure." [João 12:39-40]."E, acercando-se dele os discípulos, disseram-lhe: Por que lhes falas por parábolas? Ele, respondendo, disse-lhes: Porque a vós é dado conhecer os mistérios do reino dos céus, mas a eles não lhes é dado; porque àquele que tem, se dará, e terá em abundância; mas àquele que não tem, até aquilo que tem lhe será tirado. Por isso lhes falo por parábolas; porque eles, vendo, não veem; e, ouvindo, não ouvem nem compreendem. E neles se cumpre a profecia de Isaías, que diz: Ouvindo, ouvireis, mas não compreendereis, e, vendo, vereis, mas não percebereis. Porque o coração deste povo está endurecido, e ouviram de mau grado com seus ouvidos, e fecharam seus olhos; para que não vejam com os olhos, e ouçam com os ouvidos, e compreendam com o coração, e se convertam, e eu os cure. Mas, bem-aventurados os vossos olhos, porque veem, e os vossos ouvidos, porque ouvem." [Mateus 13:10-16; ênfase adicionada]."Pois quê? O que Israel buscava não o alcançou; mas os eleitos o alcançaram, e os outros foram endurecidos." [Romanos 11:7; ênfase adicionada].
Mais uma vez, eles, em sua maioria, não eram ovelhas eleitas e Deus não lhes concedeu o arrependimento.
"E ao servo do Senhor não convém contender, mas sim, ser manso para com todos, apto para ensinar, sofredor; instruindo com mansidão os que resistem, a ver se porventura Deus lhes dará arrependimento para conhecerem a verdade." [2 Timóteo 2:24-25; ênfase adicionada].
A crença (fé salvadora), como a outra "faceta da joia", o arrependimento, também é um dom de Deus:
"Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de vós, é dom de Deus. Não vem das obras, para que ninguém se glorie; porque somos feitura sua, criados em Cristo Jesus para as boas obras, as quais Deus preparou para que andássemos nelas." [Efésios 2:8-10].
O gênero da palavra realçada "isto" (touto no original grego) é neutro, de modo que não concorda com os dois substantivos femininos (graça — charis e fé — pistis) que o precedem e, por esta razão, muitos argumentam que a fé não é um dom de Deus. Mas até mesmo se "isto" se refere a "salvação", não estão ambas, graça e fé, envolvidas (pela graça por meio da fé)? Como não há nenhuma discordância sobre a graça (charis) ser fornecida por Deus (mesmo sendo seu gênero também feminino), o argumento de concordância com o gênero só deveria se aplicar à fé (pistis)? De qualquer forma, indiferente de qual posição você adote sobre esse assunto, Romanos 12:3(b) deve resolver o debate:
"Porque pela graça que me é dada, digo a cada um dentre vós que não pense de si mesmo além do que convém; antes, pense com moderação, conforme a medida da fé que Deus repartiu a cada um." [Romanos 12:3; ênfase adicionada].
Fé é fé, seja fé salvadora ou fé sustentadora, e Deus não viu necessidade de dar a cada um de nós a mesma quantidade!
"Disseram então os apóstolos ao Senhor: Acrescenta-nos a fé." [Lucas 17:5; ênfase adicionada].
Lembre-se que a fé é aquela confiança e segurança que brota da nossa crença em Deus. Ela não é inata — não nascemos com ela. Se alguém que está "morto em ofensas e pecados" (Efésios 2:1) verdadeiramente crê, isso somente é possível porque Deus reverteu a morte espiritual e proveu fé como um dom (um presente). Caso contrário, todo o conceito de arrependimento e crença seria nada mais que uma tolice para o indivíduo:
"Ora, o homem natural não compreende as coisas do Espírito de Deus, porque lhe parecem loucura; e não pode entendê-las, porque elas se discernem espiritualmente." [1 Coríntios 2:14; ênfase adicionada].
Você creu, se arrependeu de seus pecados e recebeu Jesus Cristo como seu Senhor e Salvador pessoal? Se não pode responder afirmativamente, então eu o exorto a encurvar sua indigna cabeça em oração, admitir que é um pecador e pedir ao Senhor que o salve.
As "boas novas" — a simples mensagem do Evangelho — é que Jesus Cristo morreu uma morte sacrificial na cruz de forma que pecadores como nós possam passar a eternidade com Ele no céu. Deus, o Pai, honrou aquele sacrifício perfeito e perdoará todos que verdadeiramente acreditam em Seu Filho e O invocam para a salvação.
Faça isto hoje porque nenhum de nós pode saber se estará vivo amanhã.
"Porque diz: Ouvi-te em tempo aceitável e socorri-te no dia da salvação; eis aqui agora o tempo aceitável, eis aqui agora o dia da salvação." [2 Coríntios 6:2; ênfase adicionada].
domingo, 6 de junho de 2010
COMO ESCAPAR DO INFERNO??
O inferno tem muitos nomes
O que nos espera após a morte? Lorle Louis crê que tudo será agradável. Provavelmente "veremos" de novo aqueles que tiveram grande significado em nossa vida. Lorle Louis saiu de sua igreja. Ela afirma ter-se tornado mais religiosa à medida que se afastava da igreja. Como Elisabeth Kübler-Ross (famosa pesquisadora de experiências de quase-morte – N.R.), Lorle Louis crê num ciclo contínuo: "Já passamos por centenas de vidas e ainda temos muitas diante de nós". Ser muito materialista poderia influenciar a paz da alma, afirma ela. E isto seria provavelmente o que chamamos de inferno. "Mas também deveres não-cumpridos e sentimentos de culpa podem ser um inferno". Até mesmo as cartas que deveríamos ter escrito e não escrevemos, acrescenta Suzanne Morley – além das experiências na vida que poderíamos ter tido e deixamos de vivenciar. Ela imagina que, acima de tudo, após a morte haverá descanso.
A Bíblia nos adverte insistentemente sobre o perigo do auto-engano. Lemos, por exemplo, em 1 Coríntios 3.18-20: "Ninguém se engane a si mesmo: se alguém dentre vós se tem por sábio neste século, faça-se estulto para se tornar sábio. Porque a sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus; porquanto está escrito: Ele apanha os sábios na própria astúcia deles. E outra vez: O Senhor conhece os pensamentos dos sábios, que são pensamentos vãos" (compare também Gl 6.3 e Tg 1.22). Além disso, somos advertidos a não nos deixarmos ludibriar por palavras enganadoras ou humanamente lógicas: "Assim digo para que ninguém vos engane com raciocínios falazes" (Cl 2.4). E, finalmente, nos é mostrado que o pecado nos engana, levando-nos a pensar que somos sábios em todas as nossas próprias opiniões: "Porque o pecado, prevalecendo-se do mandamento, pelo mesmo mandamento, me enganou e me matou" (Rm 7.11).
As palavras do comentário acima citado soam benévolas e sábias. Elas são uma tentativa humana de explicar a morte e o inferno. Mas será que elas são verdadeiras ou se trata de um auto-engano? A Bíblia relata algo bem diferente sobre a morte e o além. Aquele que se afastar da comunhão com cristãos sinceros certamente não se tornará mais piedoso, biblicamente falando. Antes, pelo contrário, somos exortados: "Não deixemos de congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto mais quanto vedes que o Dia se aproxima" (Hb 10.25).
A Palavra de Deus não ensina que após a morte tudo será agradável e que haverá descanso para aqueles que não creram em Jesus, que não O seguiram enquanto viviam. Pelo contrário. Em Apocalipse 14.11 está escrito que, após a morte, os ímpios não terão descanso nem de dia nem de noite, de eternidade a eternidade.
Além disso, de forma nenhuma a Bíblia ensina que já vivemos centenas de vidas e ainda temos muitas vidas pela frente. Ao contrário, lemos em Hebreus 9.27: "E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez, vindo, depois disto, o juízo."
O conceito bíblico de "inferno" também não se refere apenas à perda da paz de espírito, aos sentimentos decorrentes de um dever não-cumprido, ao sentimento de culpa ou às cartas que deveríamos ter escrito. Não, o inferno ou o lago de fogo é a conseqüência da decisão de não receber Jesus em sua vida (Jo 1.12 e At 17.30) e, por isso, não estar inscrito no livro da vida: "E, se alguém não foi achado inscrito no Livro da Vida, esse foi lançado para dentro do lago de fogo" (Ap 20.15).
Talvez as explanações do artigo citado nos impressionem, mas a Bíblia diz que somente a verdade, e não o auto-engano, nos libertará. O que adianta chegar a conclusões aparentemente sensatas e lógicas, mas enganosas, e terminar sua vida no inferno? Não deveríamos nos satisfazer com os raciocínios dos homens nem tentar nos tranqüilizar com eles, mas buscar também a posição bíblica, para só então tomar a decisão certa. Pois, a mensagem da Bíblia não fala só do inferno. Ela nos oferece o caminho da salvação e da esperança. Ela nos abre um futuro maravilhoso e oferece paz verdadeira e tranqüilizadora para a alma. É a vontade expressa de Deus não ver nenhuma pessoa no inferno. Muito pelo contrário, Ele deseja "que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento da verdade" (1 Tm 2.4), para que possa levá-los ao Seu reino, em Sua presença na casa de Seu Pai. Ali as moradas já estão preparadas (Jo 14.1-6). Jesus veio e tomou sobre Si o juízo que merecíamos por causa da culpa dos nossos pecados para que pudéssemos fugir do juízo de Deus. Ele carregou os nossos pecados e nos oferece o Seu perdão! Por isso o homem pode escolher entre duas verdades que a Bíblia nos apresenta: "Por isso, quem crê no Filho tem a vida eterna; o que, todavia, se mantém rebelde contra o Filho não verá a vida, mas sobre ele permanece a ira de Deus" (Jo 3.36). "Em verdade, em verdade vos digo: quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou tem a vida eterna, não entra em juízo, mas passou da morte para a vida" (Jo 5.24). A decisão por Jesus, a fé nEle, é o caminho certo, a saída do auto-engano para a certeza da salvação.
Assinar:
Postagens (Atom)